Se precisares de mim,
quando estiver só, estarei perto
O quanto me desejares
Sinto mistérios a minha frente
Faço divagações óbvias e absurdas
Tiro conclusões certas e erradas
Olhando em volta nem sei de que...
Vejo a tolerância do teu ego
Que distância nos separa!
Ah! Que desígnios são estes que me levam a você?...
Que me ofuscam com fogo
Mas não queima o meu coração
Tento falar manso aos teus ouvidos
Que o meu peito não é forte
Que o meu pranto não tem cura
E termina a lamentar...
Tu não poderias escutar
Minha proposta quase inaudível
Tu não poderias pensar
Oh! quanto tempo perdido...
Quero acrescentar que continuas em mim
Como uma agonia translúcida
Louca num momento irrealizável
A minha tortura não tem comparação...
Ah! essa dor que dilacera minh'alma
Quando sonho contigo estou acordada
Quando acordo estou desesperada...
Você voa, anda e mergulha na minha poesia...
Não sai do caminho, mas também não acena pra mim...
a tua poesia é minha também
Escrevo a medida exata dos meus sentimentos
Não disse o que era pra dizer,
Não possível falar...
Eu não pude escrever, você não quis me ouvir
E eu mal pude falar...

Casa

Suziane Matias de Andrade
© Todos os direitos reservados