O poeta não sou eu
É o tempo
Ele quem fala
Ele quem escreve
Ele quem cala.
O poeta não sou eu
Quem me dera !
É ele, o tempo
Ele quem espera
Depois apresenta a conta
Que conta é essa ?
A dos nossos atos
Dos nossos amores
O saldo de como amamos
Como nos demos
Como nos receberam
Que poeta é esse ?
O mais implacável de todos
O mais inexorável
O mais intolerante
O mais inflexível
É ele
Só ele
O tempo
Sua marcha
Seu semear de esperanças
Seu colher de saudades ...
São Gabriel, janeiro de 2005.
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