Desconfio que a sorte traiçoeira
Certo dia baterá na minha porta
Pra fazer-me feliz a vida inteira
Com a paz que opera e conforta!
Ela vem sorrateira e displicente,
Como vulto a vagar na escuridão,
Afortuna o azarado, de repente,
E o faz um “sortudo de plantão”!
Esse tipo de traição eu quero ter,
Até prometo gostar do veredicto,
Só não deixo que possa perceber
Que meu forte desejo nesse dito
Tenha eco, e que venham fenecer
A tal sorte e o ditame do escrito!
Autor: José Rosendo
Nazarezinho, 27 de agosto de 2007
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