Pretendo construir o edifício do amor,
Usando dois arquitetos: um, masculino;
O outro, para haver equilíbrio, feminino
Que, para começar, receberá uma flor.
 
O alicerce iniciará com quatro pés no chão
Envolvidos numa  argamassa de respeito.
As paredes se erguerão amarradas no conceito
Da fé e da esperança ditadas pelo coração.
 
Cubro-o com o manto da acolhedora visão
De que estruturado na alquimia do amor,
Não ruirá com o tempo, pois o seu construtor
Usou material de qualidade na edificação.
 
As tintas a serem usadas terão cores diferentes
Mas harmoniosas, escolhidas por consenso ,
Devendo ser aplicadas com cuidado imenso,
Para evitar discussões às brigas inerentes.
 
Os móveis serão constituídos de benquerença,
Revestidos de ternura, delicadeza, amabilidade,
Com traços de mútuo respeito, sensibilidade
Para assimilar os choques decorrentes das diferenças.
 
Esse edifício, erigido com apoio na sinceridade,
Terá o ambiente interior mesclado  na camaradagem,
Na candura, no comprometimento. Essa amostragem
                 Pretende exibir algo a ser elaborado para a eternidade