Chorei...
 
Ao ver a deslumbrante rosa vermelha,
Tão rubra de vergonha por tal beleza,
Entre assustadas margaridas pálidas,
Ela se destacava, mas era infeliz.
 
Havia sido arrancada de modo impensado,
Por um tolo desnorteado de paixão,
Da roseira onde outras a veneravam,
E agora jaz ali, humilhada, rente ao chão.
 
Tão linda mas sem utilidade.
Seu aroma se foi na mão,
Do triste tolo, também desprezado.
 
Ela em breve fenecerá sem o caule.
Próxima da terra, sem suprimento,
Chorei,  tolo apaixonado, sem alento.

Nada a declarar...

Curitiba/PR

Felix
© Todos os direitos reservados