ausencia de palavras

A carência das palavras, não supridas pelo beijo, ausentes pelo verso, necessário pelo carinho.
Me ausento em palavras, me ausento em poesias, talvez até mesmo ausente na companhia, solitário, ou solitária, até mesmo as duas formas. Solteiro. Namorado. Namorando.
Sem objetivo dizem que não se chega a lugar algum, mas creio, tanto teórico quanto pratico, que este conceito nem ao menos chega perto da realidade, prova viva esta que, sem a intenção, objetivo ou querer, acabei lhe proporcionando tristeza, solidão, pesar, carga esta que também carrego em meu peito, mas que doe no coração; o meu, o seu, o nosso.
Não sei como remedia-lo, muito menos como saná-lo, simplesmente te magoei. Tem remédio, mas não sei qual, tem cura, mas cego sou nesta luta e simplesmente, leigo, ou sem forças. Diferença enorme entre as duas formas, no entanto tão certo na incapacidade.
Desta forma me encerro, “cego”, “leigo” , “fraco” , meus defeito ou, por ironia desta vida, qualidades. Independente do veredicto, mas certo da incapacitação física, menta e corporal.

Renato Barbosa
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