Nunca quis te ver na rua da amargura,
Nem ao menos esse momento eu previ,
Pois, para ti só tive olhares de ternura,
Mas, um dia, mesmo sem querer, te vi!
Não desejei nada de mal te acontecer,
E até os males que me fizeste esqueci,
Não me apraz ver ninguém a padecer
Mesmo assim, a contragosto, eu te vi!
Choro até o que talvez tu nem lamentes:
Não ter tido aquela sorte, pois, perdi
De te dar os prazeres que não sentes!
Perdoe-a, oh, Deus, olhe-a! Enterneci
De tanto amor que, meu Deus clemente,
Jamais quis vê-la assim, mas eu a vi!
Autor: José Rosendo
Nazarezinho, 12 de fevereiro de 2007
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