Como se fosse uma nuvem passageira
Tu passaste em minha vida, certa vez,
Tão veloz que só notei que eras faceira,
Que tinhas infindas a beleza e a altivez!
 
Vi ainda, em um relance, a exuberância  
Que cingia o teu corpo, e a compleição
Do teu porte de princesa, e a fragrância  
Que exalava do teu corpo, tudo, então,
 
Casava-se com o momento de grandeza
Qu’eu temia, quiçá, não fosse duradouro,    
Fui invadido por um lapso de fraqueza,
 
E avancei qual uma boiada no estouro,
Fui ao chão, quebrei a cara, que tristeza,    
Só achei meu devaneio, meu “tesouro”!    
 
Autor: José Rosendo