Eu beijava a tua boca a toda hora
Que quisesse, pois, assim tu consentias;
Eu gostava desses beijos, muito embora
Não tivessem o gostinho que eu queria!
E por mais que eu tentasse uma surpresa,
Sempre pronta à minha frente tu estavas,
E o meu prazer se dissipava, com certeza,
Pois, fugaz, tu me abraçavas e me beijavas!
Já cansado dos teus beijos muito fáceis
Procurei em outras bocas outros gozos,
E mulheres mais bobinhas, menos hábeis!
Pra fazer valer meu intento caprichoso,
Vou tomar de supetão seus lábios frágeis
Posto que beijo roubado é mais gostoso!
Autor: José Rosendo
Nazarezinho, 25 de setembro de 2006
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença