A neblina a molhar teu corpo inteiro
Saciava de pendor meu pensamento,
Inda que fosse lírio frágil, derradeiro,
Eu exultava no meu contentamento!
E bendizia essas gotículas buliçosas
Que invadiam as entranhas do teu ser,
Simbolizando a minha ânsia belicosa
De tornar-me a tua fonte de prazer!
Ao implorar que a neblina não parasse,
Mais subia toda a minha adrenalina!
Sem que o desejo sufocante me ajudasse,
Fantasiei na minha mente tu, menina:
Já que não tive sorte pra que me amasses,
Que eu seja, pelo menos, essa neblina!
Autor: José Rosendo
Nazarezinho. 04 de outubro de 2006
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença