O Edifício e a Ingratidão
Na era dos tempos repousavas na esfera.
Intrincadamente confabulei em elevar-te.
Acima de um solo desprovido de tudo.
Assentei seus alicerces, enterrei estacas.
Meu suor corria e sobre ti caia.
Pedra, cimento, e ferro foi o teu sustento.
Não fui miserável, nem um só momento.
Elevar-te ao céu era meu prazer.
Me deste má paga, vim a entristecer.
Então conclui, não deves crescer.
Vão te demolir, e eu então dizer.
Na era dos tempos repousarás para sempre na esfera.
Autor: Osmar Ritz
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