Morte, é dama misteriosa sem voz
Que dizem ser destino sem saída
Mas faz parte de nós
E nos aquece com terra mexida
De onde brotam vivos girassóis
E onde começa a ser querida.

Lá em cima choram os de preto por nós
Mas somos só mais uma lágrima caída
Pois há tanta tristeza sob os sóis
Quanto em uma lápide erguida
E cravos mortos é o que sobra em nós
Dessa virgem violada, a vida.

mais ser-ou-não-ser.

aracaju

fernanda valerio
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