De quem é a culpa?

Ali, onde os animais buscavam abrigo e, por vezes, faziam morada,
Maria, tão obediente a Deus como o filho que estava por gerar,
cumpriu mais uma etapa da sublime missão que a Ela foi confiada.
Sem qualquer tipo de preparação material,
apenas tomada pela obediência,
Maria, a quem muitos ainda rejeitam e até tratam com desdém,
fez da simplicidade de um curral de bichos
um improvisado “berço de ouro”.

E todo o ouro que brilhava daquela minúscula manjedoura
era conseqüência imediata de uma luz diferente,
que o mundo passaria a conhecer e chamar de Jesus Cristo.

Maria, pros mais íntimos “Nossa Senhora,
não se ateve a questionamentos,
não se fez pequena em lamentações, não;
fez-se apenas serva humilde.
Maria, em momento nenhum, quis conhecer a face do culpado;
pelo contrário, mais do que sentimentalizar a culpa,
ela tomou pra si o encorajamento de verdadeira mãe,
de mãe companheira.

E assim, de um jeito todo próprio, sendo exemplo de firmeza e de fé,
Maria, “santíssima” pros mais íntimos, ajudou a escrever “a história”.
No entanto, Maria não ajudou a escrever uma história qualquer.
Maria, em corpo, alma, instinto de batalha e de coração rendido,
protagonizou milagres, viu bem de perto a trajetória de Jesus,
e, ainda tendo sido a escolhida de Deus, se manteve em refúgio interno,
se manteve a maior parte do tempo calada e aguardando a hora de agir.

Bastava a intercessão fazer-se necessária que Maria, então, agia.
Qual era a reação de Jesus?
Ora, qual é a reação de um bom filho quando a mãe pede alguma coisa?
Não resta dúvida, Jesus ouvia sempre, com carinho, os pedidos de Maria.
Qual era a reação dos que se incomodavam com Maria?
Eles insistiam em dizer que “ninguém vai ao Pai se não for por Jesus”.
E o próprio Jesus respondia:
“Caiam por terra, agora, os inimigos de Deus”.

Tanto que a gente tropeça na vida; quando levanta, cai de novo.
Tanta informação desnecessária que a gente recebe
que o excesso de bobagem acaba deixando marca nos nossos atos.
É tanta conversa fiada e distorcida que chega aos nossos ouvidos
que, num momento de fragilidade, a gente vai e acredita em tudo.

Eles insistiam em dizer que “ninguém vai ao Pai se não for por Jesus”.
E o próprio Jesus respondia:
“Caiam por terra, agora, os inimigos de Deus”.

Ali, naquele coração puro e disposto a servir os que a ele se dirigem,
Maria se faz canal direto a Jesus; Maria, mesmo sem nada exigir,
recebe de Jesus a autoridade da intercessão, e apenas obedece.

De quem é a culpa?

Jesus, eu Te peço perdão por eles,
eles não sabem o que dizem...

São Gonçalo-RJ.