A natureza sempre insiste em meio ao caos
A selva de pedras produz discretamente flores entre os cabos de fios elétricos,
entre os concretos espelhados
E os corações petrificados
Queríamos passarinhar das nossas janelas
Dar de comer aos livres inquilinos do céu
Livres nos visitando pelas manhãs primaveris
Persistentes também brotam do chão cinza, pequenos ramos verdes
E dos muros nascem um pouco de vida - às vezes -
Mostrando que sempre é possível.
A frequência mística ressoa em nós sem nos explicar
De onde vem essa força de viver e de sobreviver?
Em ver graça onde não é bonito
Em ver beleza onde não tem graça
Nos vemos obrigados a nascer todas as manhãs sem muita escolha,
procurando o sentido de tudo.
Porque ele está em cada lugar que olhamos e que, assim como nós, se faz
per-sis-tir.
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