Além, muito além de deixar que vás
Eu necessito arrancar-te.
Precisas também me deixar ir.

Já não me pertences mais;
És agora: de si mesmo e de outro alguém.
Só em algum dia, num vil momento,
fores meu.
Resta a mim, por ti também,
já não ser pertencida.

Meus versos foram carga excessiva,
Demasiados mais do que merecias.
Ficastes sem rumo e confuso;

Perdestes entre as minhas emoções.
Destino selado e carimbado
E desse passado por mim superestimado
Eu aceito tais condições.

Percorro por significados,
Reorganizo o caos que ficou,
Recolhendo e jogando fora
As últimas migalhas que deixou.

L.Lucatto
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