Sendo verdadeira
me entreguei ao que sou.
Vejo beleza na transparência
e não faço bom uso de máscaras.

Deparei-me num castelo de muros;
lá, só em mim,
as minhas cores vibrantes dançaram.
Minhas palavras,
como flores,
encontraram solo árido
e não floresceram.

Perdi muito ao ser autêntica? Quem sabe...
Momentos de entrega e sorrisos sinceros,
como folhas levadas pelo vento,
perderam-se no caminho
sem encontrar eco ou abrigo.

E agora, ao olhar pra trás,
percebo que tudo o que perdi,
neste ato de ser eu mesma,
não era real.
E não lamento.

Pois no espelho da verdade
encontro a força de quem sou.
A beleza está em ser,
e a dor, um lembrete:
a autenticidade não é barganha,
é um presente.

L.Lucatto
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