O mundo ao redor desabou devagar,
Ecoando o silêncio das palavras sem falar,
Um romance que crescia, agora dilacerado,
Pelos erros cometidos, que deixaram tudo errado.
Culpa mútua pairava no ar,
Palavras ditas, difíceis de superar,
Indiferença, distância, mágoa persistente,
Que diluíram nossos corações e mentes
A amizade como um novo começo?
Aceitei, relutante. Mas ok na ausência do que foi, podemos encontrar conforto na conexão que resta.
Será que ele também se pergunta sobre o que poderíamos ter sido? Será que ele ainda guarda alguma esperança como eu, ou simplesmente aceitou o destino que criamos?
É difícil aceitar o fim quando ainda há tanto por dizer, tanto por sentir. As noites são longas e solitárias, onde as memórias de nós dois me assombram ao ritmo da saudade. Eu me pego revivendo momentos, buscando respostas que não vêm.
A amizade é um terreno instável, onde pisaremos com cautela, tentando não despertar fantasmas do passado. Eu não sei se um dia conseguiremos construir algo novo a partir dos escombros do que foi perdido. Mas guardo dentro de mim uma pequena chama de esperança, que queima suavemente, alimentada pela possibilidade remota de que talvez, apenas talvez, ainda haja espaço para uma reparação, para um recomeço verdadeiro seja como for.
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