Meio homem, meio cavalo, nenhum por completo.
Como disse Oscar Wilde: eis a diferença
Entre o viver e o existir. Sem saber a intensa
Questão da identidade, como atingir algo concreto?
Trafegando no labirinto do eu,
Onde estou em versos que jamais serão uma ode?
Vejo sem enxergar, sou mistura... E como pode?
Quero o infinito espiritual, mas sou ateu...
E na busca pelo tudo, vou me perdendo.
Cego no mundo de luz, nem sou cavalo, tampouco homem...
E dúvidas e incertezas me consomem...
Vou tropeçando nos caminhos, sofrendo
As perdas lentas e agonias da cegueira,
De não saber quem sou e o que vem à minha dianteira.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença