No dia calmo, quando a tarde desce,
A minha mão à tua se entrelaça...
O sol já lentamente desfalece...
A luz treme no prisma da vidraça.
E tudo fragiliza-se... Parece
Um sonho delicado, de fumaça;
As horas elevadas feito prece...
O tempo morredouro, enquanto passa.
E o vento traz um nítido perfume,
As folhas, um suspiro de queixume,
A rosa, um jeito vago de florir...
E a lua nas alturas faz ciranda...
- Tão doce o teu abraço, na varanda!
Como se não quisesses mais partir...
PAULO MAURÍCIO G. SILVA
© Todos os direitos reservados
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