De repente, não mais que de repente,

Tudo se transforma diante dos olhos.

Do carinho latente, agora só abrolhos

E a vida não massageia o que se sente.

 

De súbito e tão subitamente veio a dor

Constranger de infortúnios a vida feliz

Que se havia surgido dentre pobre raiz,

Mas que foi sugada e vem se decompor!

 

Tudo é efêmero neste cenário de guerra,

Por isso não se deixa para depois a luta,

É que vitórias só as têm quem as disputa.

 

Na aflição do viver o amor ainda impera

Embora esteja oculto debaixo dos lençóis

À espera que a realidade traga novos sóis!

 

DE IVAN DE OLIVEIRA MELO

 

 

Ivan de Oliveira Melo
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