A rosa delicada que aparece
Nas grades do portão, a perfumar,
Enquanto o vento acalma-se, emudece,
Ainda continua a murmurar...
E às vezes, sutilmente, me oferece
A forma graciosa, singular,
De um beijo veludoso que parece
De alguém que prometeu, enfim, me amar.
Com sua natureza feminina,
Saúda-me, sublime, vespertina,
Marcando mais um dia no apogeu,
E evoca, todo o tempo, a sensação
De que entrarei na densa escuridão,
Com ela a repousar no peito meu...
PAULO MAURÍCIO G. SILVA
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