Para todo sempre findado

Ah como eu queria, que estivesse por mim fascinado!

que me mostrasse os detalhes da natureza

chegar em minha casa, de surpresa

e ouvir meu coração tocante, quando deitados!

 

Ah como eu queria, que me tivesse amado!

assim, de graça e com clareza

Ser par até ao chorar minha tristeza,

e na hora me fazer rir desconcertado!

 

Ah como queria, ser por você acordado!

com um beijo calmo e toque de leveza

Retirar do nosso silêncio a exclusiva beleza,

de estarmos sempre em um mútuo cuidado!

 

Ah como queria, ser por você devotado!

em juras, que de tão grandes, eu não mereça

Te apoiar na sua falta de certeza,

no que eu já fiz de cor e salteado!

  

Ah como queria ser por você olhado!

com o canto do olho, no que quer que aconteça,

Para descobrir no meu jeito, graça acesa,

ao te notar tão feliz e agradecido ao meu lado!

 

Ah como já não queria nada do que tenho aqui falado!

é que tudo somente é válido, quando é sua proeza.

Destes versos o que fizer já fiz primeiro em minha cabeça,

no meu poema nunca vivido e para todo sempre findado!

 

Guilherme dos Anjos Nascimento
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