Estar comigo com melancolia, despretensioso e com animosidade,

mas assediando vivaz a luxúria me fez, no detalhe, observar.

Pecar pelo excesso mostrou o interesse libertino da sua Identidade,

É preciso, não só em cima, mas lado a lado, a vida com o outro compartilhar.

 

É tão comum e transitório dedicar só a carne o seu passageiro desejo

ser escravo do instinto, que puxa para baixo seu olhar e a sua cabeça,

que pensei que não reclinaria tanto na soberba seu traquejo,

e até passei a pedir esmola de você, como se fosse isto uma riqueza.

 

Desânimo que, em momentos, desviava para o que eu, romântico, detesto

No passatempo, qualquer coisa serve, eu sempre medindo forças e perdendo,

Objetificando cada vez mais e esvaziando de sentido todo o resto,

do que não se passava só na noite, mas construído em paz, ingênuo e pleno!

 

Acabando a esperança de te salvar deste interesse, em precipício,

vendo você na fixação deste vício, curando a ressaca com a bebida!

É claro agora, o porquê eu disse em desabafo, ao meu suplício

como pode fazer isso comigo, na ocasião daquela saída!


Temo ser o que buscou quando aqui chegou, desde o começo. 

já que não segurou comigo sua vida, miséria a um bem feitor.

Fulgás, dizia-se sufocado e proibido à minha presença, em fiel apreço,

Mas em frenesi já colecionava, medindo à fita métrica o tamanho do seu amor!

Guilherme dos Anjos Nascimento
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