Numa certa aurora.
Um pobre chora,
Pois está triste,
Não que seja verdade,
Mas é que em sua realidade,
Nada faz sentido, nada existe.
Pobre bicho medonho,
Está ali acabrunhado,
Tão solitário e tristonho!
Deste pobre coitado,
Todos achavam graça,
De sua ilusionista desgraça.
Tudo a ele era dilema,
O perfeito virava um problema,
Enquanto na varanda chorava.
Seu pranto escorria,
Muitas vezes gemia,
Mas sua dor não passava.
Segundo este pobre coitado,
De azar era bem dotado,
A felicidade não existia.
Durante sua pobre existência,
Fatalidade e decadência,
Era o que mais aparecia.
O que a todos intrigava,
É ele afirmar que nunca foi amado.
A esposa deste flagelado,
Em sua casa chorava,
Devido a esta miserável afirmação!
Ao ver seu pobre marido,
Saudável e bem sucedido,
Afundar nesta alucinação.
O que mais lhe doía,
É que tudo ela via
E não podia fazer nada.
Será que era loucura?
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