O ciúme tanto é o apreço que se inveja com mágoa
Carinhosa manha do amor a instigar a sede,
Quanto é, na perseguição, a última gota d’água
Para quem é vítima da desconfiança nesta rede.
Tanto é o subterfúgio para o cuidado, entre
Você e seu valioso parceiro,
Quanto é um feto confortável no ventre
Carente, ressentido e prisioneiro.
Tanto é a mais descarada prova
De que se faz dedicado e presente,
Quanto é um ciclo de culpa e de sova
Do que se sé ou do que se invente.
Tanto é ser o dono e protetor, com vontade precoce
Àquele que por excesso de amor, se atente
quanto é ser um ridículo a querer ter a posse
Do que se é livre de coração e mente.
Guilherme dos Anjos Nascimento
Guilherme dos Anjos Nascimento
© Todos os direitos reservados
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