Quase todos os dias fico escravizada
Quase todos os dias sinto-me castigada
Quase todos os dias a poesia exige de mim
Assim como o chicote de couro,
na mão do feitor autoritário,
exige pedaços da pele do corpo do escravo.
E eu dou gemendo e chorando
tudo o que a poesia me exige com um sorriso.
Eu dou tudo o que a poesia exige de mim
Gemendo e chorando e sorrindo...
Ontem eu quis fugir, eu tentei sair, mas tive medo.
Hoje : não existe mais para quedas.
LUZIANE SOUZA (Luh Pereira )
© Todos os direitos reservados
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