Hoje me deparei pensando
Quanto tempo se passou
Para você que não se olhou
Quantas marcas e cicatrizes teu corpo carrega
Nesse tempo em que estiveste cega
Tanta angústia, tanta dor
Pela falta de amor
Por todo seu ser
Todo o seu viver
Quantos momentos de incoformismo
Sensação de estar a beira do abismo
Toda o corpo entorpece
Só a solidão e o medo prevalece
Há uma busca devastadora pelo ar
Que por vezes parece faltar
E ai te procuro
Porque fez ali aquele muro
Talvez devesse seguir fazer a curva
Mas a estrada parece turva
No silêncio começo a rezar
Pedindo ao anjos que ela aprenda a se amar.
Michelle Inês e Silva
© Todos os direitos reservados
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