MELINDRES DA SENSIBILIDADE

Eu não quero ter nenhuma pretensão
Em acusar uma classe tão correta
Que transmite sentimentos, emoção
E amor que são próprios do poeta.

Pouco espaço para tantas qualidades
Não comporta nenhum tipo de invasão
Que provoque qualquer intranqüilidade
E desequilibre o seu nobre coração.

Desta forma, o poeta, sim, padece
Pelo seu sentimento mais profundo
E o que mais à sua vida enobrece,

A sensibilidade, digo e não me confundo:
Que o poeta muitas vezes se enraivece
Por ser ele o mais sensível deste mundo!

Autor: José Rosendo

PS.: O termo poeta aqui usado é abrangente, ou seja, comum de dosi gêneros.

Nazarezinho, 12 de maio de 2006