O CAÇADOR DE LIVROS


O CAÇADOR DE LIVROS


Bem nascido e esperado pelo pai advogado

Cresceu inteligente em ambiente condizente  

Cedo estava casado, com os filhos apegado

No trabalho conveniente foi ficando diligente


Espírito inquieto de comportamento discreto
Estudou filosofia pela mais profunda empatia

Pensamento concreto, segue sempre correto

Construiu com sua Maria perfeita hegemonia


Amante do conhecimento, nos livros o talento

Brilhante comentarista, raciocínio de cientista

Reflete seu momento sem nenhum sofrimento
Dialoga como artista, Sócrates é seu idealista


Conhecedor de armas, sabe tudo de recargas

Na profissão de policial encontrou o seu ideal

Consegue voar sem asas, exorciza fantasmas

Como antiliberal nega a política circunstancial


Eterno provocador, mas atua como pacificador

Rápido no gatilho das palavras sem empecilho

O ente com louvor, sabe que existência é amor

Meu querido amigo Marcos Jácome de A. Filho


Marco Antônio Abreu Florentino


Poema dedicado a Marcos Jácome de Almeida Filho, colega da graduação em filosofia pela UFPB que, juntamente com Wildoberto Gurgel (o Beto Ayala), foi componente do trio de amizade mais participativo do referido curso. Lembro com saudades dos nossos embates filosóficos no campus universitário de João Pessoa, depois das aulas noturnas e que incluíam vários professores, apesar do extenuante trabalho como médico durante o dia. Nos fins de semana continuávamos em minha residência no bairro Tambauzínho. Devo a eles meu aprofundamento filosófico. Beto e Marcos continuam como naquela época... o primeiro agindo conforme o dizer: ¨em terra de cego quem tem um olho é rei¨, e o segundo no melhor estilo socrático, argumentando sempre com perguntas e induzindo seu interlocutor à contradição ou ao impasse. Espero ainda ler um texto desse brilhante amigo de erudição e cultura extraordinários. Abraço fraterno aos dois inesquecíveis amigos.   

https://youtu.be/Kuw8YjSbKd4

Marco Antônio Abreu Florentino
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