O anel que eu lhe dei
outro dia eu achei,
largado, sobre o solo...
Permeando desprezo.

Fiquei teso, fiquei vesgo
estiquei o olhar na solidão
deitei minhas lagrimas ao chão
e chorei.

Aquele momento preso
o meu coração encilhei...
Encilhei de desgostos indefesos,
de momentos em desespero
e deixando de sentir-se inteiro,
acabrunhado, fiquei.

O anel agora eu guardo,
como símbolo d’aquele adeus,
Guardo dentro dos carinhos meus...
Lembrança daquela paixão,
e d’aquele meu coração,
que todavia, é só seu.

Antonio Montes 

Antonio Montes
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