E mesmo tentando fugir
As nossas palavras estarão ali
Para nos marcar e nos julgar
E dizer onde temos que ir
Podemos pedir desculpas
E fingir que nada aconteceu
Às vezes a chuva bate na janela
Gotas em sincronia
Um som pesado, ou uma doce melodia.
Ela te faz sorrir sem saber porque
Ou chorar tentando esquecer
Isso depende de que palavras estão gravadas
Não podemos voltar ao passado
Nem tornar tudo perfeito
Podemos tentar não errar
Escrever novas linhas, sem apagar a história.
Há tanta coisa pra ser dita
Eu prefiro ficar em silêncio
Às vezes a chuva bate na janela
Ela me traz algumas certezas
E dúvidas
Sorrisos cobertos de lágrimas
Eu posso me desculpar por errar
Não por chorar
Posso me desculpar por não estar presente
Não por ser quem sou
Desculpar-me por querer
Não por saber
Desculpar-me por realizar
Não por pensar
Às vezes a chuva bate na janela
E é assim que a história termina
Incertezas e confusões
Ou respostas sobre a mesa
Você escolhe seu futuro
Não o seu destino
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