Chegou a hora,

de desistir.

Dessa farsa,

de existir.

 

É só o início,

de um novo fim.

Não pense você,

que é fácil pra mim.

 

Mas eu tentei,

te juro de coração.

Por muito tempo eu tentei,

mas agora abro mão.

 

Espero que seja melhor,

pois nessa vida não posso viver.

E quando fechar meus olhos,

logo todos irão me esquecer.

 

Fecho os olhos não sinto mais nada,

a lápide então se encarregará.

De esconder parasempre a história,

de uma triste sombra no mundo,

que viveu mas não serviu pra nada!

As memórias são o que tenho ainda, e tão cheias de vida,
Mas completamente sem esperança nesta noite assim esquecida,
Sem lua e sem bonança.

Santo Antônio da Platina,15 de julho de 2016

Heitor Brustulim
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