Habilmente os anos me ensinaram a viver

E em todos houve permutas com as horas...

Coisas iguais, distintas, meramente similares

Deram-me uma carapuça invejável, sem retoques

E de uma singularidade irrepreensível, sem ilusões...

Muitas vezes vi-me no ar das conjecturas, sonhos

Mais que palpáveis transformados em imagens febris

E tresloucadamente vivenciados com a armadura da fé.

Segui os paradigmas da existência: plantei árvores,

Escrevi livros e até me introduzi no magistério,

Levando conhecimentos sobre a vida e suas emoções...

 

Se usei da fidelidade no passado, no presente retoquei

E posso pôr a cabeça tranquila sobre o travesseiro que

É confidente dos meus devaneios... Mas só ele me conhece!

 

 

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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