Os nadas !...
Desde o nascimento à morte
Enchemos a vida de nadas
Por fim culpamos a sorte
Das jornadas fracassadas
O nada em profundidade
Tem significância, sim
No silêncio é verdade
Na cultura, nada enfim
Se em nada terminassem
Os nadas que aprendi
Talvez nunca se esgotassem
Os sonhos que já vivi
O mais, às vezes é nada
Numa volúpia sem-fim
Qual esperança almejada
Quando nada, é algo sim
É um nadinha de gente
Nada tolo, significam
Que do nada aparente
As coisas se modificam
Quem diz que o nada é nada
Primeiro deve pensar
O que significa nada,
Quando nada, sem parar
Somos a essência do nada
Em minha vã filosofia
Vez que viemos do nada
Que é algo que não se cria
Quando ao nada, retornamos
Num espacinho de nada,
Tudo, nós aqui deixamos
E lá, voltamos sem nada !
São Paulo,26/05/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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