Vida, ferida e tropeços

 

Em cada minuto da vida

Temos o direito de um tombo

Daquele que deixa ferida

Por não sermos nós santos.

Em cada ferida que vivo

Vivo o tormento que sou

E não lamento por isso

Por não talvez, estimular o amor.

Não consegui até hoje, nada

Que reconhecesse-me como alguém

E sinto por isso uma doçura amarga

E sei que à mim perguntarão, quem?

Vejo- me nessa vida, nos minutos

E caminhando vou de aberto peito

Sabendo concerteza que não sou o único

Então deixe que pelo menos 

Nesses minutos q' eu caia

Afinal, somente o tombo é que tenho direito.

 

                             " O martírio de  cada ser à procura

                     de um amor que as vezes se encontra

             mais próximo que a mais suave fragância

      e contudo não lhe foi concedido

  encontrar. Necessário lhe é o tropeço.

                                                    

                                                     Nivaldo Kokada

                 

Nivaldo Kokada
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