Construo a flor pétala por pétala;
despetalá-la é o que vem antes do cansaço
onde durmo a alma dos sentidos
em teus doces braços...
 
Reparo em teu rosto que lambe a luz,
em tuas curvas onde meu coração trafega;
sei que ali, em teu cofre, todo me pus,
e teu amor nada me nega...
 
Porém,
(que os há sempre),
a inquietude, amante do tempo,
traz-me uma sensação diferente,
de perdê-la ao perfume, ao vento,
de ser fugaz esse amor tão denso
que amá-la mais sei que posso,
a cada dia muito mais de um jeito doce
e tão contente...
 
Largo-me ao destino que traça o amor;
lembro-me de amá-la, e tanto te amo,
que te farei, de novo, minha amada flor... 

Prieto Moreno
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