O cão late a saliva de Homero:
eu, que tanto te quero vou em busca da felicidade
enfrentando os temidos santos e os profetas da carne;
a barbárie se senta com os convidados
e esbraveja polissílabos cheios de fiapos de carne:
me beije, diz à sociedade,
me coma, diz ao desejo humano mais profundo,
me seduza, diz ao novo homem de hoje,
porteiro,
ministro,
cuidador de carros,
mentecapto economista,
plebe mais que rude a dirigir
a sociedade mais que plebe...
Esse canto protozoário abduziu a poesia
e a levou para que os vândalos a conhecesse:
Mire nas íris,
dispare,
atrás do sarcófago de Judas
foi enterrado um lírio com cheiro de jasmim...
Prieto Moreno
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