Eu - ser incógnito, inconcluso.
Eu: objeto de estudo da Filosofia e tema da comédia humana.
Eu.
Ora, no mundo a dúvida é tanta, que eu preciso de um documento para provar 2 coisas (absurdas): quem sou eu e que eu sou eu mesmo! Quanta desconfiança...
Mas, afinal quem sou eu?
Segundo um ensinamento das antigas civilizações orientais, “conheça a ti mesmo e o mundo conhecerás”.
Interessante que Deus é um cara tão inteligente que Ele nos fornece 3 elementos para que conheçamos nosso ‘eu’:
A Vida - uma trajetória evolutiva;
O Mundo – o palco das ilusões ou realizações humanas;
O Tempo - período em passamos por experiências.
 
E ainda, ao final dessa jornada, nos olhamos no espelho sem, a cada dia, nos conhecermos. Impressionante!
Afinal, o que é e quem é esse ‘eu’: ser que em mim habita?
Quais são suas virtudes e defeitos?
 
Desafio que ninguém escapa: educar seu eu e, no reflexo da alma, conseguir achar esse eu que, verdadeiramente, vir a se mostrar.
Pena que o eu mais sincero, que vem do recôndito de nosso ser, só surge quando a amálgama do tempo retira da vida, o vigor do corpo físico – beleza e saúde.
 
Porém, coloca algo novo em seu lugar, a sabedoria de uma vida cheia de percalços, quedas e conquistas.
O nome dessa frase?  A velhice.
É por isso que Deus escreve certo por linhas sinuosas.
Ora, não poderia o homem nascer na velhice, já sábio e ir-se remoçando a cada primavera para então, no limiar de sua vida, chegar à fase criança e curtir, sem mais preocupações, sua alegria infantil, por tempo eterno?
 
Mas Ele reverte o processo, por quê?
Justamente por causa desse Eu (ô cara chato!)
Hoje, é esse eu que me pesa sobre os ombros.
Mas sei que é somente quando desvendar
seus enigmas, que de Deus me aproximarei.
 
Agora, compreendo porque sozinhos nascemos
e para Deus retornamos: para conduzir esse tesouro, o “Eu”
De cada um, a partícula divina.
Eu, te amo!

Luciano Roriz - ALCAI
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