A CHUVA

 

 
O vento sopra,
 
e as nuvens, mudam de cor,
 
sinal que a chuva, esta prestes a chegar.

 
Os trovões ao longe, se ouvem, 
 
e junto a eles, relâmpagos comparados a flash, 
 
anunciando assim, a presença de um gigante.

 
As primeiras gotas, então caem no solo, 
 
e instantaneamente chega em minhas narinas, 
 
um suave cheiro, de terra molhada.

 
Da vidraça observo, o movimento das arvores, 
 
balançando de um lado para outro, 
 
como estivesse dizendo, 
 
oi, cheguei novamente.

 
E num curto instante,
 
as enxurradas surgem,
 
descendo ladeira abaixo, 
 
misturadas com folhas e galhos.

 
A chuva ainda caía,
 
porém, o desejo me vencia,
 
de sair porta a fora, 
 
com os pés descalços, só para pular 
 
nas calçadas, com águas empoçadas. 

 
E o vento, um tanto gelado,
 
sentia tocar em meu rosto, e isso me causava,
 
suaves sensações de liberdade fidedigna e sem custo.

 
As coisas singelas, assim,
 
só quem possui o privilegio de percebe-las, 
 
pode dizer, que vive realmente a vida, com prazer, 
 
afinal, o ser humano foi criado para desse modo viver.
 
 
_Pedro A. D. Moraes_
 
 

Pedro A. D. Moraes
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