O olhar do navegante pousou sobre a terra seca
Que parecia bailar por entre ondas
Céu em calmaria não sufocou a ansiedade dele de alcançar
Terra de descanso, merecida pós-viagem de tormentas.
Chega o fim do ser a deriva
Tamanha era a sua alegria
Ao emergir em gloria, ir para casa que estava antes tão longínqua.
Em êxtase, começou a nadar rumo à costa.
Cantando louvores à Gaia e praguejando o mar
Que o abraçara
Sua melancólica trova que gaivotas repetiam
Alcançou o gélido fundo oceânico
Poseidon ouviu a canção e não acolheu com tanta euforia
Era ele imprevisível e rancoroso
Ofendeu-se com melodia
Ora!?Pensou ele, como ousa esse mortal desrespeitar
A nação marítima que refugiou por dias esse ingrato coração
Este deus furioso mandou tempestades ao encontro do navegante...
Pobre mortal, por consequência afogou-se em seu orgulho impetuoso.
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