Sou um bicho do mato.

 Sou um bicho do mato.
 
 
Venho lá do sertão,
Mas sou cidadão,
Lugar tão distante da cultura de vocês,
Que alguns chega a fazer uso de um ditado popular,
Dizendo que eu moro onde o vento faz a curva;
 
Sou bicho do mato,
Filho da floresta,
Tenho todos os dias uma alvorada em festa,
Com o canto dos pássaros,
Agradecendo a Deus por mais um dia,
Que vêm surgindo cheio de energia e fantasia;
 
A minha alimentação está sempre em movimento,
Com arco e flecha eu caço,
E pesco,
Com seus couros eu me visto e calço,
Frio não passo,
Pra complementação da minha boa alimentação,
Tem frutos e frutas na selva,
Em todas as estações;
 
A minha casa é popular e populosa,
É ecológica,
Pode vir que eu vou te abrigar,
Ela foi elaborada e construída pela natureza,
No seu interior tem piscina natural,
E até mesa,
Tem candelabro de beleza sem igual,
Que são as estalactites,
Que pela paciência da natureza foram construídas,
Estes reluzem a luz como o espelho,
É o ouro pra quem sabe dar valor;
 
Sou bicho do mato,
Filho da floresta,
Tenho todos os dias uma alvorada em festa,
Com o canto dos pássaros,
Agradecendo a Deus por mais um dia,
Que vêm surgindo cheio de energia e fantasia.
 
 
 

João Marques JM
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