Perdão

 
Quantas são as palavras ditas em vão?
Quantos os erros sem um pedido de perdão?
Quantas as noites e dias sem um senão?
Quantas as angústias sem nenhuma razão?
 
A razão dessa angústia mora no coração,
(Em mais um dia que adormeçe sem razão,)
De um perdão que se ouve na solidão.
E as palavras branidas em vão,
São sempre uma boa explicação!
 
E assim leva-se a vida estupidificada,
A solidão sentida no meio da multidão.
O deâmbular num passo firme, bêbado de emoção,
E o coração?...Àh!!, esse é o Senhor da Razão.
 
Não, isso não é amor Não!!
Isso é uma ilusão que petrifica o coração.
(É dizer “sim” a um “não”,)
É se humilhar por um pedido de perdão,
De um amor que pareçe (não) ter razão.
 
 
(AMMF, Oxford-R.U., 7 de Outubro de 2006)