Mas que delícia de aroma, gordura salpicada de salgada, doce vida esta de embriagado
prédio high tec detroitiano ao lado, belo restaurante cambojano caro
vida doce e rica, high society e perfeita
roboticamente atomizado, amores vão lado a lado, que não são amores mas ...
é complicado
o mendigo negro sorri dourado, lhe dá um bom dia e um muito obrigado, lindas crianças de cor passeiam sorridentes para o ministério do saber, sem saber que nunca irão saber o verdadeiro saber da sabedoria da verdade controlada e incontrolável
nuas mulheres brancas com perucas azuis rebolam sensuais, preparam o champagne ao lado da piscina de espuma greco-romana, exalam charme bem vendado, querem encurralar a sua mente, como um entorpecente, manter-te a um crente, de que a realidade reluzente, reluz bijuteria barata, daqueles que tu comprares para a puta na praça, o vermelho é a única cor que te remete, de que a falta de tons fortes e o excesso de tons fracos mostra que a tua vida não parece ser vivida, só servida, como uma apetitosa picanha
vermelho cor sangue é o único que te aquece, há algo no vestido sexy da doidivana loura que quer me dizer algo,
deseja o seu corpo curvilíneo, mas a rejeita por não sentir o seu sabor, almeja sentir a carne, em outra dimensão quem sabe 
tudo o que o toca, se esfacela
há algo de errado com esta tela
os sorrisos são brancos demais
a escuridão é benigna
a pureza é obscura
os herois são de papel molhado, os vilões são estoicos difamados
o sinal romano se faz errado
os soldados são como bonecos, tudo é orquestrado, naturalidade não tem mais nada
Talvez você tenha se arrependido da escolha
Morra em seus sonhos projetados, que a carne suculenta seja a sua, gado elétrico em sua loucura, mundo reto sem curva, isso não é viver, é estar suspenso na atmosfera sem respirar, é olhar para uma aquarela e não imaginar, mesmo o céu mais lindo não pode te tirar deste pesadelo insípido,
porque o seu pesadelo é sua mente,
entãodurma, crente

Thiago Fávero
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