Minha voz embargada
Em pensamentos calada
Estava presa no porão
Deste triste coração
 
Troco a voz pela música
Sem o som da palavra
Vejo nos olhos a súplica
Em mãos que deslavra
 
A infância que sorri
Em dedos que balança
As mímicas que não li
Na alegria da meiga criança
 
Sofro num buraco de ecos
No sorriso de um simples tato
Mostrando seus queridos bonecos
Querendo um afaço mais sensato
 
Apesar daquele silêncio
O silêncio pouco importa
A alegria é um desígnio
De que a voz que é morta
Carlo Magno  25/08/11

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