Perdão, a luz que eu recebi, não foi a mesma que te dei!
A escuridão em que eu me encontrava, não se compara,
À simples penumbra, onde, um dia, triste, eu te achei...
Olhe para mim, não sou o mesmo que um dia te falara!
 
A luz principal, querida, é dos teus olhos de amor eterno!
Que na sombra da noite adormecida... Viu me desnudo,
De mim mesmo! E pode desvendar, não meu corpo terno,
Mas minha alma aflita! Me deixando, de amor... Mudo.
 
Hoje, a dor que me traspassa e me corrói em lamúrias,
É a mesma que em tempos idos, dilaceraram minha alma,
Por não te dar as rosas prometidas... Ah! Quantas penúrias!
 
Quero te oferece las hoje! Flores mil, louros, lírio, palma...
Mas não as pode receber, não é?! Minha primavera tardia!
E teu florescer em outro jardim de amor... Quanta covardia.
 
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 04.06.2012
20:17 [Noite]
Estilo: Soneto

Poeta Camilo Martins
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