De repente eu estava ali, olhando para aquela linda mulher...
Eu sorri, até, mesmo com o coração sangrando de tanta dor,
E sentindo o sal amargo da tristeza e nos lábios o vil sabor...
Flores pelo chão, pétalas ao redor e nem um sorriso sequer!
 
Olhei a indefinidamente, aproximei me, cheirando as rosas...
Feito um beija flor, uma a uma... Para sentir a essência, o fragor!
Na expectativa de que ela me olhasse e eu dissesse: Formosas!...
Só pra puxar conversa! Mas, e se de repente despertasse um amor?...
 
Fixei meu olhar em seus olhos azuis, pareciam diamantes a brilhar...
E na turbulência dos meus pensamentos, Deus! De súbito gritei!
Incrédulo sob o impacto da cena... Esta é a mulher que eu amei!
 
Rosilda! O amor que despertou e me fez, ainda menino, desabrochar!
Sem mais a visão... Na beira da calçada a vender suas lindas flores...
Como sorrir para sempre, se foram assim, todos os meus amores?!...
 
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 29.12.2011

Poeta Camilo Martins
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