É o esplendor a surgir tão docemente
quem torna um mar de lágrimas prateado.
Rosto que nunca sai da minha mente
por quem o pranto tenho derramado.
A jóia mais belo de um vasto jardim
o perfume pelo qual me apaixonei.
Flor que eu nunca tive para mim
cujas pétalas eu nunca toquei.
A presença que os céus todo inflama
sempre que o dia começa a amanhecer.
Por quem essa minha alma inquieta clama
achando que sem ela irá morrer.
A brisa gentil que me traz tristeza
junto a lembrança de um riso feliz.
Desse mundo inteiro é toda a beleza
coisa tão simples que eu sempre quis.
Para onde sempre tende o meu olhar
perfeita pérola no firmamento.
Quem vem comigo a noite caminhar
e me guia em meus passos sonolentos.
O silêncio no final da avenida
crepúsculo tomado de saudades.
Quem se vai sem nenhuma despedida
e me deixa toda a infelicidade.
-Adolfo J. de Lima
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