Todo este tempo sem você
A única coisa que fiz...
Foi tentar de todas as formas
De todos os jeitos...
Te esquecer...
 
Apagar qualquer vestígio
Daquele teu olhar...
Do teu falar rouco...
Do teu abraço...
E aquele sorriso lindo...
 
E tudo que consegui...
Foi me tornar numa louca
Que nega amar...
Mesmo a estar se destruindo
 
Mais não se rende
A própria emoção
Confessando saudade...
Trancafiou coração...
Se não for mesquinha
Morre a mingua...
 
 Contive tanto as lagrimas
Que quando cederam-se
Já haviam se amargado...
E machucado até o âmago...
 
E eu fujo de qualquer
Vestígio do passado...
Com medo de te encarar
E descobrir realmente
Ainda te amar...
 
Como sempre amei...
E talvez nunca deixei...
De amar... De lembrar...
De querer nos braços...
Ao alcance...
 
Mas pra quem confessar
Este ainda amor?
A quem pedir socorro?
Pois você me foge...
 
Talvez tenha os mesmos
Medos que me assombram
Ou simplesmente teve êxito
Facilmente na missão
De esquecer tudo...
 
Tudo que vivemos...
Tudo que sonhamos juntos...
Cada um de todos beijos...
 
Missão que abortei...
Confesso nunca deixei
De te amar...
Nunca deixei de te querer...
Nunca...
 
Sempre te amei...
E nem sei se fiz bem,
Mas destino me deu
Um itinerário engraçado
Desgraçado...
 
Meu coração terra que ama
Quem não pode amparar...
Amor exilado de seu território
Por vontade própria...
Tão estranho pra esta historia
 
Mas por hora seria...
Grande e estrondosa vitória
Ao menos confessar
Um amor do passado...
 
Mas é muito pra você...
Que não passa... Em mim
Mas não existe presente...
Entre agente...
 
Portanto se ainda por ventura
Do destino... Me amasse...
E descobrisse meu amor...
Apesar de doente...
Da ausência... Mas vivo...
 
Mas se Deus não tiver piedade
Desta alma perturbada...
Perdida pelos cantos...
Sei que a vida será ingrata
E nos pregara uma peça sem graça,
Mas sim desgraçada...
Por futuros separados...
Desamparados...
 

Allinie de Castro
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