Um avô Chamado Claudino Ferreira de Barros

 
Um avô chamado Claudino Ferreira de Barros
 
(Homenagem de um neto ao seu avô)
 
                                                                                                              
 
 
Queria eu nascer novamente para compartilhar intensamente todas as fases de minha vida ao lado do meu avô;
 
Queria eu, convidá-lo para andar descalço pelas ruas; planejaria subidas a montanhas e até mesmo periódicos mergulhos em rios,
 
Queria eu, ter tido paciência de acordar pela manhã de domingo e esperá-lo ler todo o jornal no banco da praça e ainda ouvi-lo terminar suas histórias com o engraxate de sempre;
 
Queria eu, não só compartilhar com ele momentos bons, e também os ruins para que eu provasse ainda mais sua ternura e compaixão;
 
Queria eu, ter deixado de lado as aventuras de minha juventude e tivesse aproveitado para sorver todo legado ao lado do meu avô em seu escritório;
 
Queria eu, não ter quebrado os padrões convencionais de meu tempo e sim observasse mais sua conduta reta e ilibada;
 
Queria eu, ter buscado nele respostas para minhas indagações, mesmo que não as absorvesse... Por que sei que seria referência para todas as minhas decisões futuras;
 
Quisera todos, tivessem tido um avô como o meu, que aos noventa e três anos consumados, deu um testemunho de vida ao ponto de deixar marcado no fundo de minha alma, padrões básicos de vida social, familiar e sobre tudo espiritual.
 
 
 
                                                                                  Seu Neto,
 
 
 
                                                           Ricardo I. M. de Carvalho Junior - 26/03/2010
 
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