Voando, eu deixo toda dor para trás,
bato um papo com os pássaros,
rolo e me enrolo nas nuvens de algodão,
dou bom dia ao Sol.

Voando, eu sinto toda a liberdade da existência:
às vezes vôo no céu, outras, vôo no mar,
numa confusão meio surrealista
como uma rélis nefelibata.

As estrelas, minhas amigas
que acenam para mim com brilho extremo,
me presenteam com um show de constelações.

O Sol, a Lua, o céu;
a água, os peixes, o mar:
o que mais posso querer da vida, além de voar?

O vôo: algo que o homem sempre desejou.

No quarto, pensando no que poderia me fazer feliz que não fizesse parte da tecnologia e da praticidade dos dias que seguem.